segunda-feira

Um exemplo de caridade

“As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas. Ame-as assim mesmo!


Se você tem sucesso em suas realizações, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos. Tenha sucesso mesmo assim!

A honestidade e a fraqueza o tornam vulnerável. Seja honesto mesmo assim!

Aquilo que você levou anos para construir pode ser destruído de um dia para o outro. Construa mesmo assim!

Os pobres têm verdadeiramente necessidades de ajuda, mas alguns deles podem atacá-lo, se você ajudar. Ajude-os mesmo assim!

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo, você correrá o risco de se machucar. Dê o que você tem de melhor... mesmo assim!”.

Madre Teresa de Calcutá

1910 - 1997
Madre Teresa de Calcutá (Agnes Gonxha Bojaxhiu), nasceu no dia 27 de Agosto de 1910 em Skopje (Macedónia, Albânia) e faleceu no dia 5 de Setembro de 1997 na cidade de Calcutá. Considerada a missionária do século XX, concretizou o projecto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação As Missionárias da Caridade, partiu em direcção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.

Os primeiros anos

Terceira filha de Nikolla Bojaxhiu (um rico comerciante albanês que morreu quando Agnes tinha 8 anos) e de Dranafila Bojaxhiu, estudou até aos 12 anos num colégio estatal da actual Croácia. Durante a década de 20, foi solista no coro da igreja da sua aldeia e chegou mesmo a dirigi-lo. Deixou a sua casa aos 18 anos para entrar na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto em Rathfarnham, perto de Dublin na Irlanda onde foi acolhida como postulante.

O início de uma jornada
Partiu para a Índia em 1931 para a cidade de Darjeeling, onde fez o noviciado no colégio das Irmãs de Loreto.
No dia 24 de Maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de TERESA.
A origem da escolha deste nome residiu no facto de ser em honra à monja francesa Thérèze Martin, padroeira das missionárias, canonizada em 1927.

De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no Colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia que se reflectiam nas condições de vida das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpétua a 24 de Maio de 1937.

Com a partida do Colégio, tirou um curso rápido de enfermagem que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo. Em 1946, decidiu reformular a sua trajectória de vida. Dois anos depois e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objectivo era ensinar as crianças pobres a ler.

Desta forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sari. Como princípios, adoptou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico com o respectivo número.

Começou a sua actividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.

No dia 21 de Dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade Indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra. Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controlo do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com VIH surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.

Um serviço ao mundo

Ao primeiro lar infantil ou “Sishi Bavan” (Casa da Esperança) fundada em 1952, juntou-se o Lar dos Moribundos em Kalighat. Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação da Madre Teresa de Calcutá, e entre 1968 e 1989 estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Nova Iorque, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize em 1973 e com o Nobel da Paz no dia 17 de Outubro de 1979. Morreu com 87 anos, mas o seu trabalho missionário continua através da mão da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de Março de 1997 como sua sucessora.

Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestarem a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram em directo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de Outubro de 2003, o Vaticano beatifica Madre Teresa.

Hoje a sua Congregação reúne 3000 freiras e 400 irmãos em 87 países, dando apoio aos mais necessitados em cerca de 160 cidades.

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