Qualidade
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Livro: Qualidade na prática Mediúnica - perg. 76 a 80 Projeto Manoel Philomeno de Miranda
76. - Recentemente, Joanna de Ângelis apresentou uma proposta de responsabilidades para o Centro Espírita baseada numa trilogia: Espiritizar, Qualificar e Humanizar. Será possível resumir a proposta do Espírito Amigo?
Espiritizar, na proposta de Joanna de Ângelis, tem esse sentido de resgate, de atrair a pessoa que apenas freqüenta para que se torne praticante, adotando o Espiritismo e não querendo ser por ele adotado, de permitir-se que o Espiritismo entre nela e não apenas entrar no Espiritismo. Mas, também, espiritizar tem o sentido de viver o Espiritismo como ele é, na sua essência, sem adulterações, modismos, sincretismos, sem adaptações ou concessões a outras correntes de idéias, por mais respeitáveis sejam ou pareçam. Existem propostas muito boas, mas no lugar onde elas estão; se transplantadas para o Espiritismo deperecem, além de asfixiarem o Movimento Espírita.
Divaldo afirma: "Joanna de Ângelis, como muita veemência, teve a oportunidade de nos propor a espiritização de nossa Casa, porque, se o indivíduo vai ao templo budista ali estão as suras do pensamento de Sakia Muni, o grande príncipe Sidartha Gautama. Se vai a uma entidade protestante encontra a presença da Bíblia. Se vai a um culto católico, submete-se aos dogmas da Igreja... Por que a Casa Espírita deverá ser o lugar de ninguém, o recinto no qual tudo é válido, como se fosse o tour de force para que cada qual exiba aquilo que se aprouver...? " A segunda proposta de Joanna de Ângelis é a qualidade, este conceito moderno que é quase uma doutrina, uma metodologia científica para se alcançar resultados exitosos, mas que já fazia parte (como faz) do pensamento espírita, graças à visão grandiosa e notável de Allan Kardec.
Diz Divaldo: - Para que nos tornemos espíritas, deveremos adotar a qualidade de uma pessoa de consciência... buscar a qualificação espírita, e tentar saber realmente o que é o Espiritismo... procurar melhorar as qualidades morais, sociais, familiares, as funcionais e as de trabalhadores da Casa Espírita... - Aliás, essa idéia de competência, em oposição à pressuposição de que a boa-vontade basta, lembra Goethe, o célebre poeta alemão, quando propôs que nada há pior do que a pessoa de boa vontade sem conhecimento, pois atrapalha mais do que ajuda.
A terceira proposta é a humanizar, que representa o sentimento de humanidade, de caridade. É o saber oferecer-se, despersonalizar-se, libertando-se do ego e colocando-se no lugar do outro para o ajudar com prazer, com alegria. Enfim, perceber que tudo o que se faz há de visar o homem, a qualidade de vida, e não aliar-se à filosofia chã dos resultados pelos resultados. O humanizar reflete bem a solidariedade do lema de Kardec, e a tolerância também, que não é convivência, não sacrifica a verdade nem o amor, a nada nem a ninguém.
Encerra brilhantemente a sua proposição com as seguintes palavras: "com esses requisitos eu devo ser bom, nobre, justo, paciente, gentil, e se eu tiver algumas dessas qualidades, já terei o suficiente para ser um homem de bem, embora outras tantas ainda me faltem, mas que eu procurarei conquistar através dos tempos futuros."
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