terça-feira

OLHAI AS AVES DO CÉU

Se ao lermos a parábola “Olhai as aves do céu” a interpretássemos ao pé da letra poderíamos crer que Jesus estaria a negar as leis do trabalho e do progresso. Entretanto, conhecendo os ensinamentos do Mestre concluímos que esta não poderia ter sido sua intenção.

Os espíritos superiores nos dizem em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. XXV, item 7) que estas palavras devem ser interpretadas como uma “poética alegoria da Providência, que não abandona jamais aqueles que colocam nela sua confiança, mas quer que trabalhem ao seu lado.”

Deus, nosso Pai, soberanamente bom e justo, sabe quais são as nossas necessidades e a elas provê como for necessário, se muitas vezes não nos acode com o auxilio material, está sempre a consolar os nossos corações, a nos inspirar bons pensamentos, boas idéias, boas ações que nos permitirão encontrar os meios para enfrentar as dificuldades.

Emmanuel, na mensagem 152 - Cuidados, do livro Vinha de Luz, nos adverte que os preguiçosos, sempre interpretam as palavras de Jesus como lhes sendo favoráveis e consequentemente exortando o ócio. Todavia, o mestre nos alerta a vivermos confiantes, atentos em evoluirmos na sabedoria e no amor para a obra perfeita de Deus. Cairbar Schutel, em sua obra A Gênese da Alma, nos alerta para o fato de que o trabalho, como lei sábia da Providência Divina, não é senão um instrumento de desenvolvimento da atividade e da inteligência. Adverte-nos, ainda, no livro Parábolas e Ensinos de Jesus, que o objetivo da vida na Terra é o aperfeiçoamento do Espírito.

“Aquele que assim compreende eleva-se, dignifica-se, e livra dos entraves materiais, sobe às alturas inacessíveis do sofrimento, alcançando a felicidade eterna. Aquele que assim não quer compreender rebaixa-se, desmoraliza-se, e absorvido pelas más paixões, desce às voragens da dor, para expiar e reparar as faltas, as transgressões das leis divinas.”

Meus irmãos, Jesus disse para que não nos inquietássemos com o dia de amanhã porque o nosso pai sabe do que temos necessidade. Portanto, tenhamos fé, tenhamos coragem para vencer as provas dessa vida. A vida não é mais que um segundo frente à eternidade. Não nos esqueçamos que a Terra é escola abençoada que nos permite resgatar os erros do passado, é aqui que venceremos as nossas mazelas rumo à perfeição.

Disse-nos Lameira de Andrade, no livro Ideal Espírita, psicografia de Chico Xavier que “A evolução é a transição do ser da condição de escravo à condição de senhor do próprio destino. Desse modo, não te amofines quanto às condições difíceis em que te encontras, na romagem terrestre, sejam elas quais forem.”

Assim, cumpramos com o nosso dever de cristãos, trabalhemos incessantemente por nossa reforma íntima, trabalhemos na obra do Senhor, busquemos o reino de Deus e a sua justiça, que tudo o mais nos será dado por acréscimo.
                               Que Jesus nos abençoe.

HUMILDADE E ELEVAÇÃO

A vaidade enlouquece.

A revolta dificulta.

A dor regenera.

A facilidade perturba.

O trabalho educa.

A humildade eleva sempre.

Emmanuel

Página 67 do livro “A Semente de Mostarda”

psicografia de Chico Xavier

sexta-feira

Responsabilidade do Espírita

Escrito por Antônio Orlando Cioldin

“Anotei o que Chico nos disse, certa vez:

- Estamos numa doutrina de muitos contatos... Temos oportunidade de fazer muitos amigos... O trabalho a ser desenvolvido é imenso... Temos a crença na imortalidade, o intercâmbio com os irmãos desencarnados, o conhecimento do Evangelho... A visão que o Espiritismo nos proporciona da vida é maravilhosa... Compreendemos a função da dor e adentramos a causa das provações humanas... Oramos, sabendo que a prece é o fio de ligação com Deus... As nossas expectativas para o futuro da humanidade são as melhores... A nossa fé é um tesouro!... Mas, se somos muito requisitados, se temos muitos envolvimentos doutrinários, muitas tarefas, compromissos, mediunidade, não podemos nos esquecer de que o momento do testemunho é uma hora extremamente solitária... A vivência cotidiana do Evangelho é pessoal; nem os espíritos poderão substituir-nos, quando formos chamados à aplicação de tudo quanto já sabemos ou, pelo menos, supomos saber... Este é o problema fundamental do espírita a sua própria renovação! O espírita que não se melhora não está assimilando a doutrina...”


(extraído livro Chico Xavier - O Apóstolo da Fé, de Carlos A. Baccelli, ed. LEEPP)

Dor de Cabeça

                                                        Escrito por Antônio Orlando Cioldin

Era uma sexta-feira. Muita gente aglomerava-se em volta de Chico. Zeca Machado tomava providências para o início da reunião. O irmão Barbosa postou-se à cabeceira da mesa, Lico, Dr. Rômulo e outros dirigentes do “Luiz Gonzaga” puseram-se a postos.

Chico, de pé, abraçava um, dirigia a palavra a outro.

Aproximou-se dele uma jovem senhora, reclamando de forte dor de cabeça. Chico a ouviu atentamente e convidou-a a sentar-se na assistência para participar.

A palestra transcorreu normalmente, com os colaboradores dando sua parcela de cooperação nos comentários.

Depois da meia-noite, finda a reunião, a senhora que reclamara da dor de cabeça achegou-se ao médium, com a fisionomia radiante e feliz. A dor de cabeça cessara nos primeiros minutos das tarefas. Chico sorriu docemente, despedindo-se dela com carinho.

Instantes depois, explicou:

- Emmanuel me disse que aquela senhora teve uma discussão muito forte com o marido, chegando quase a ser agredida fisicamente. O marido desejou dar-lhe uma bofetada e não o fez por recato natural. Contudo, agrediu-a vibracionalmente, provocando uma concentração de fluidos deletérios que lhe invadiram o aparelho auditivo, causando a dor de cabeça. Tão logo começou a reunião, Dr. Bezerra colocou a mão sobre sua cabeça e vi sair de dentro de seu ouvido um cordão fluídico escuro, negro, que produzia a dor. Eu estava psicografando mas, orientado por Emmanuel, pude acompanhar todo o fenômeno.


(história publicada no jornal “Diário do Nordeste”, de Fortaleza-CE, edição de 21/11/2008)

A mediunidade do médium

http://seareirosdejesus.com.br/                
Escrito por Ivete Abolin

“Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.”

Ainda somos inferiores, na escala evolutiva dos espíritos, a exploração, a fraude e o interesse, têm marcado a nossa difícil caminhada em busca da perfeição moral e intelectual.

Características de baixa moral, alguns médiuns, tentam introduzir o charlatanismo nos meios espíritas, coisa rara, mas que não pode passar despercebido pelos dirigentes espíritas, pois pode comprometer os trabalhos desenvolvidos pelos grupos.

A condição moral dos médiuns tem influência no exercício da mediunidade, todo médium que coloca o interesse pessoal em detrimento à caridade, não será influenciado pelos Espíritos Superiores.

Resultante desta situação moral, os espíritos menos evoluídos se manifestam através dos médiuns, enganando e iludindo. A constante vigilância das nossas ações, equilibrando a nossa conduta moral, é fator de ação eficiente na participação da casa espírita.

O prestidigitador, aqueles que são hábeis com as mãos, fazendo coisas que passam despercebidas pela nossa visão, conhecidos como ilusionistas e que alguns aproveitam da habilidade para fraudar fenômenos espíritas, e que equivocadamente são chamados de paranormais, os falsificadores, são muito conhecidos hoje em dia, vemos vez ou outra nas telas das televisões dando seus espetáculos.

Os fenômenos que tentam produzir são os de efeitos físicos, que são produzidos, quando verdadeiramente, por ação de espíritos menos elevados.

Cabe aqui esclarecer, que apesar da situação passageira de inferioridade do espírito, comumente esses fenômenos são produzidos por espíritos bons, mas inferiores. Os espíritos superiores não se prestam a esse tipo de ação.

A garantia de um resultado eficiente está na prática da moralidade do médium, na ausência de interesses e vaidades, objetivando sempre a ajuda ao mais necessitado. Ação que nos permitirá a aproximação de espíritos de grau superior.

quinta-feira

Reforma Íntima

Escrito por João Batista Armani

Muitos são os motivos que nos levam à Casa Espírita: Pelo amor, pela dor, convite de alguém, hoje pela razão, etc...

E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada e vamos embora. Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.

Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.

A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.


Livros como: “Auto Conhecimento”, “O Homem Integral”, “O Ser Consciente”, “Espelho D’alma”, “Momentos de Renovação” e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.


Duas afirmativas nos chamam à reflexão:

1. Renovação de atitudes...


Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas. O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.


Há doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.


- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!


- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilômetros todos os dias doutor!


- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!


- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...


A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.

Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...

Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: “O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas”.


2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus – “A felicidade não é deste mundo” Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconseqüentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional. A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.

Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:

· O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, conseqüentemente, da sua felicidade exterior.

· Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.

· O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.

· Por onde começar? Pela auto crítica.


· Como fazer a reforma íntima? Bem .....

(Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” Abel Glaser).

Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.


Em “O Livro dos Espíritos” no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:

- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?


“Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”


Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.


919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?


“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)

quarta-feira

Desdobramento

Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).

Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.

O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.

O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.

Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.

Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.

Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.

P-400 “O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? - É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.

P-401 “Durante o sono a alma repousa como o corpo? - Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.

P-403 “Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? - Pelos sonhos.

O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.

O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.

Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.

O sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes, “mestres” etc.

Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafetos desta ou de outras vidas.

Preparação para o Sono

Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.

Façamos um preparo para o nosso repouso diário:

Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.

Mental Espiritual - leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.

Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.

Perispírito e Desdobramento

Embora, durante a vida, o Espírito seja fixado ao corpo pelo perispírito, não é tão escravo, que não possa alongar sua corrente e se transportar ao longe, seja sobre a terra, seja sobre qualquer outro ponto do espaço. (Allan Kardec , A Gênese, Cap. XIV, It 23).

Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, conclui: A melhor prova de existência do perispírito é mostrar que o homem pode desdobrar-se em certas circunstâncias.

segunda-feira

A esperança viva

Meu nome é esperança...

Sorrio para você desde a sua entrada na vida...

Sigo-lhe os passos e não o deixo senão nos mundos onde se realizam as promessas de felicidade, incessantemente murmuradas aos seus ouvidos.

Sou sua fiel amiga. Não repila minhas inspirações...

Eu sou a esperança.

Sou eu que canto através do rouxinol e que solto aos ecos das florestas essas notas lamentosas e cadenciadas que lhe fazem sonhar com o Céu...

Sou eu que inspiro à andorinha o desejo de aquecer seus amores no abrigo seguro da sua morada...

Brinco na brisa ligeira que acaricia os seus cabelos e espalho aos seus pés o suave perfume das flores dos canteiros... e você quase não pensa nessa amiga tão devotada!

Não me despreze: sou a esperança!

Tomo todas as formas para me aproximar de você...

Sou a estrela que brilha no azul e o quente raio de sol que o vivifica...

Embalo as suas noites com sonhos ridentes e expulso para longe as negras preocupações e os pensamentos sombrios.

Guio seus passos para o caminho da virtude e o acompanho nas visitas aos pobres, aos aflitos, aos moribundos e lhe inspiro palavras afetuosas e consoladoras.

Não me esqueça...

Eu sou a esperança!

Sou eu que, no inverno, faço crescer, na casca dos carvalhos, o musgo espesso com que os passarinhos fazem seus ninhos.

Sou eu que, na primavera, corôo a macieira e o pessegueiro de flores rosas e brancas e as espalho sobre a terra como um sopro celeste, que o faz aspirar a mundos mais felizes.

Estou com você, principalmente quando é pobre e sofredor, e minha voz ressoa incessantemente aos seus ouvidos.

Não me despreze... Eu sou a esperança.

Não me repila, porque o anjo do desespero faz guerra encarniçada e se esforça para, junto de você, tomar o meu lugar.

Nem sempre sou a mais forte. E quando o desespero consegue me afastar, envolve-o com suas asas fúnebres, desvia os seus pensamentos de Deus e o conduz ao suicídio.

Una-se a mim para afastar sua desastrosa influência e deixe-se embalar docemente em meus braços...

Porque eu sou a esperança...
***
Um dia, um Homem Sublime abandonou, por algum tempo, um jardim de estrelas para nascer na Terra e depositar nas almas as gemas preciosas da esperança...

E, nestes dias de inquietação e desassossego, Ele continua sendo a esperança que reergue os espíritos e a paz que penetra os corações.

Ainda hoje, o Mestre de Nazaré é a grande esperança que se tornou realidade.


(Revista Espírita, fev/1862 pág. 55 - A Esperança)

sexta-feira

UNIÃO INFELIZ

“Pergunta --- Qual o fim objetivado com a reencarnação?”

“Resposta --- Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade”.

Sem isto, onde a justiça?”Item n. 167, de “O Livro dos Espíritos”“.

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz. E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções. Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais jungidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.

Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registre por fora, grava em nós mesmos, em toda extensão, o montante e os característicos de nossas faltas.

A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento. E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal.

Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os reflexos de nós próprios.

È natural que todas as conjugações afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir. A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado, nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no êxtase do noivado.

Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas. Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.

O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede de que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás.

A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore.

A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado --- em existências já transcorridas ---, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconseqüência , convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora revelar e retificar. O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma. Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito --- em existências que já se foram --- a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.

Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois --- somente depois --- surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino. A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.

Espírito: Emmanuel

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Livro: Vida e Sexo – Cap. 9 – Pág. 41

INIMIGO REAL

Geralmente, todos os nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.
***
À maneira do martelo que, tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe a beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou pensar, freqüentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.
***
O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio. O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.
***
Assim, então, se um inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo — inimigo que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras armadilhas do remorso e da dor — esse é o nosso próprio Eu, adversário terrível de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em que se refugia, sob as paredes da indiferença.
***
Combatamos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.
***
Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.
***
Adquirir conhecimentos superiores para adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a vida em êxtase delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a obra do Bem Infinito.
***
Guerreemos o inimigo que se oculta, armado de astúcias mil na fortaleza de nossa animalidade multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor e asfixiando-lhe o ignominioso comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do crime das reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do Cristo, o único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível libertação.

                               (De “Indulgência”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

quinta-feira

A Indulgência

16. Espíritas, queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.

A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.

A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticais, que conseqüência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. O homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?

Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.

Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)

17. Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: "Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido." Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação. - João, bispo de Bordéus. (1862.)

18. Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. E esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda? Crede nos vossos irmãos, os Espíritos. Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.

Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas. -Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus.)

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL e ESTUDO COM A FAMÍLIA

PÚBLICO-ALVO: Aos familiares, jovens, as crianças e demais interessados nos ensinamentos espíritas e morais evangélicos fundamentados na Codificação Espírita.


INÍCIO: 08 de agosto (domingo), às 9h.



HORÁRIO E LOCAL DAS AULAS: todos os domingos às 9h, na FECAJ.



INSCRIÇÃO: Os interessados devem procurar a recepção para a inscrição. É gratuito. Participe!

quarta-feira

Evangelho no Lar

"Onde quer que se encontrem uma ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei".

                                                                                                 Jesus (Mateus, 18:20)

O que é o Culto do Evangelho no Lar


Trata-se do estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar. O Culto do Evangelho no Lar, realizado no ambiente doméstico, é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam.

Permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos. Ampliando-se o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança a outras criaturas, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra.

As pessoas, unidas por laços consangüíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa e, dentro de suas possibilidades, buscarão, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, cônjuges e irmãos.

Através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer.

Aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta Cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça.

Se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação.

Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.

Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.

Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.

A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas.

As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.

Procedimentos


Escolhe-se um dia da semana e hora em que seja possível a presença de todos os familiares ou da maior parte deles, observando-se com rigor a sua constância e pontualidade, para facilitar a assistência espiritual.


A direção do Culto do Evangelho no Lar caberá a um .dos cônjuges ou a pessoa que disponha de maiores conhecimentos doutrinários. Cabe lembrar, no entanto, que por se tratar de um estudo em grupo não é necessária a presença de pessoas com cultura doutrinária. Na pureza dos ideais e na sinceridade das intenções, todos aprenderão juntos, auxiliando-se mutuamente.

É importante que os temas sejam discutidos com a participação de todos, na medida do possível, sem imposições, para evitar-se constrangimentos.

Deve-se buscar um ambiente amistoso, de respeito, pois, viver e falar com Jesus é uma felicidade que não se deve desprezar.

Antes do início da reunião, prepara-se o local, colocando-se em cima da mesa água pura, em uma garrafa, para ser beneficiada pelos Benfeitores Espirituais, em nome de Jesus.


1. Leitura de uma mensagem


A leitura inicial de uma mensagem poderá, após, ser comentada ou não. Ela tem por objetivo propiciar um equilíbrio emocional, procurando harmonizá-lo com os ideais nobres da vida, a fim de facilitar melhor aproveitamento das lições.


Poderemos lembrar obras com "Minuto de Sabedoria", "Pão Nosso", "Fonte Viva", "Vinha de Luz", "Caminho, Verdade e Vida", "Palavras de Vida Eterna", "Ementário Espírita", "Glossário Espírita Cristão".


2. Prece Inicial


"Dando curso ao salutar programa iniciado por Jesus, o de reunir-se com os discípulos para os elevados cometimentos da comunhão com Deus, mediante o exercício da conversação edificante e da prece renovadora, os espiritistas devem reunir-se com regularidade e freqüência para reviver, na prece e na ação nobilitante, o culto da fraternidade, em que se sustentem quando as forças físicas e morais estejam em deperecimento, para louvar e render graças ao Senhor por todas as suas concessões, para suplicar mercês e socorros para si mesmos quanto para o próximo, esteja este no círculo da afetividade doméstica e da consanguinidade, se encontre nas provações redentoras ou se alongue pelas trilhas da imensa família universal."

Após a leitura da mensagem, inicia-se o Culto do Evangelho no Lar, com uma prece. A oração deve ser proferida por um dos participantes, em tom de voz audível a todos os presentes e de forma simples e espontânea, não devendo ser, portanto, decorada. Os demais, acompanham-no, seguindo a rogativa, frase por frase, repetindo,-mentalmente, em silêncio, cada expressão, a fim de imprimir o máximo ritmo e harmonia ao verbo, ao som e a idéia, numa só vibração.

Na prece pode pedir-se o amparo de Deus para o lar onde o Evangelho está sendo estudado, para os presentes, seus parentes e amigos; para os enfermos, do corpo e da alma; para a paz na Terra; para os trabalhadores do Bem e etc.

A prece, além de ligar o ser humano à espiritualidade, traduz respeito pelo momento de estudo a realizar-se.


3. Estudo do Evangelho de Jesus


O estudo do Evangelho do Cristo, à luz da Doutrina Espírita - "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec - poderá ser estudado de duas formas:


a) estudo em seqüência - o estudo metódico, em pequenas partes, permite o conhecimento gradual e ordenado dos ensinamentos que o livro encerra. Após o seu término, volta-se, novamente, ao capítulo inicial;

b) estudo ao acaso - consiste na abertura, ao acaso, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o que ensejará, também, lições oportunas, em qualquer ocasião.

Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.


Pode reservar-se, posteriormente, um momento de palavra livre, onde os participantes da reunião exponham situações da vida prática, para o melhor entendimento e fixação das lições.


4. Prece de agradecimento


Um dos presentes fará uma prece, agradecendo as bênçãos recebidas no Culto do Evangelho no Lar, pela paz, pelas lições recebidas etc.


Observações

A duração do Culto do Evangelho no Lar é em média de 30 minutos podendo chegar a até 1 (uma) hora, mais ou menos.

No Culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. A sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão, a fim de que seus participantes melhor se conduzam na jornada terrena. Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea.


Deve-se evitar comparações ou comentários que desmereçam pessoas ou religiões. No Evangelho busca-se a aquisição de valores maiores, tais como a benevolência e a caridade, a compreensão e a humildade, não cabendo, dessa forma, qualquer conversação menos edificante.

A realização do Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspensa em virtude de visitas inesperadas. Deverá ser esclarecido o assunto com delicadeza e franqueza, convidando-se o visitante a participar do Culto, caso lhe aprouver.

O Culto do Evangelho no Lar não deve ser prejudicado, também, em virtude de solicitações sem urgência, recados inoportunos, passeios, festividades de qualquer ordem. Soluções razoáveis, de imediato, ou iniciativas, apôs a reunião, deve ser o caminho para superar os pretensos impedimentos.

Somente no caso de situações incontornáveis, em que todos não possam estar presentes, é que se justifica a não realização do Culto do Evangelho no Lar.

Evite-se ligar rádio ou televisão no dia do Culto, próximo e depois da hora de sua realização, bem como a leitura de jornais ou obras sem caráter edificante, para que se mantenha um ambiente vibratório de paz e tranqüilidade dentro do Lar, bem como saídas à rua, senão para inevitáveis e inadiáveis compromissos.

Presença de criança no Culto

As crianças devem, também, participar do Culto do Evangelho no Lar. Nesses casos, os adultos descerão os comentários ao nível de entendimento delas.

Recomenda-se a leitura, como subsídio, dos capítulos 35 e 36 da obra "Os Mensageiros", do Espírito André Luiz, e "Evangelho em Casa", do Espírito Meimei, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier e editadas pela Federação Espírita Brasileira.

PALESTRAS DE JULHO/2010

DATA        TEMA                                                                             PALESTRANTE   


06/07     SONO E SONHOS NA VISÃO ESPÍRITA               ADOLFO / LAR DE JESUS

13/07     O PODER DA MENTE HUMANA                            NETO PIMENTEL/JOÃO NUNES

20/07     ORAI E VIGIAI                                                          MICHEL/APEL

27/07     INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS SOBRE NOSSOS PENSAMENTOS E AÇÕES                                                                

terça-feira

Aulas de Violão - Juventude

Todos os domingos 15 horas temos aula de violão com o monitor Marcos.

Jovens participem, leve seu violão e aproveite esta oportunidade maravilhosa.

Alguns Links de Sites Espiritas interessantes

http://www.grupopas.com.br/

http://www.seareirosdejesus.com.br/

http://www.novaera.org.br/

Sejamos mansos e humildes como Jesus

Vontade

A vontade é a maior de todas as potencialidades da alma.

Sua ação é comparável a de um imã.

A vontade de viver desenvolve em nós a vida.

Atrai-nos novos recursos vitais.

A vontade de evoluir oportuniza-nos chances de crescimento e de progresso.

O uso persistente e tenaz dessa faculdade soberana permite-nos modificar nossa natureza, vencer todos os obstáculos.

É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para alvos determinados.

Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.

Essa mobilidade constante impossibilita a ação eficaz da vontade.

É necessário saber concentrar-se, sintonizando com as esferas superiores e com as nobres aspirações.

A vontade pode agir tanto durante o sono quanto durante a vigília.

Isso porque a alma valorosa que, determinada, busca alcançar um objetivo na vida procura-o com tenacidade em todos os momentos da vida.

Funciona como uma correnteza poderosa e constante que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos que se apresentem.

Se o homem conhecesse a extensão dos recursos que nele germinam, ficaria deslumbrado.

Não mais temeria o futuro, tampouco se julgaria fraco.

Compreenderia sua força e acreditaria na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro.

O poder da vontade é ilimitado.

O homem consciente de si mesmo e de seus recursos latentes sente crescer suas forças na razão de seus esforços.

Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se.

É consolador e belo poder dizer: "Sou uma inteligência e uma vontade livres.

Edifico lentamente minha individualidade e minha liberdade.

Conheço a grandeza e a força que existem em mim.

Hei de amparar-me nelas e elevar-me acima de todas as dificuldades.

Vencerei até mesmo o mal que existe em mim.

Hei de me desapegar de tudo que me acorrenta às coisas grosseiras e levantar vôo para realidades mais felizes.

Para frente, sempre para frente.

Tenho um guia seguro que é a compreensão das leis da vida.

Aprendi a conhecer-me, a crer em mim e a crer em Deus.

Hei de me conservar firme na vontade inabalável de enobrecer-me e elevar-me.

Atrairei, com o auxílio de minha inteligência, riquezas morais e construirei para mim uma personalidade melhor."

É chegada a hora de despertar do pesado sono que nos envolve.

É necessário rasgar o véu da ignorância que nos prejudica o entendimento.

Cabe-nos aprender a conhecer a nós próprios e as nossas potencialidades.

Compete-nos utilizá-las.

Não nos entreguemos ao desespero.

Não nos julguemos fracos.

Basta-nos querer para sentirmos o despertar de forças até então desconhecidas.

Creiamos em nossos destinos imortais.

Creiamos em Deus.

Lembremo-nos: podemos ser o que efetivamente quisermos.

segunda-feira

Quando Eu Quero Falar Com Deus

                                                                                Roberto Carlos


Quando eu quero falar com Deus, eu apenas falo

Quando eu quero falar com Deus, às vezes me calo

E elevo o meu pensamento, peço ajuda no meu sofrimento

Ele é pai, Ele escuta o que pede o meu coração

Quantas vezes falando com Deus, desabafo e choro

E alívio pro meu coração eu a Ele imploro

E então sinto a Sua presença, Seu amor, Sua luz tão intensa

Que ilumina o meu rosto e me alegra em minha oração

Quanta paz, quanta luz

Deus nos houve, nos mostra o caminho que a ele conduz

Deus é pai, Deus é luz

Deus nos fala que a Ele se chega seguindo Jesus

É tão lindo falar com Deus, em qualquer momento

Deus que vê uma folha que cai e é levada ao vento

Não existe onde ele não esteja e Ele pode escutar nossa voz

Deus no Céu, Deus na terra, onde esteja, está dentro de nós

Quanta paz, quanta luz

Deus nos ouve, nos mostra o caminho que a Ele conduz

Deus é pai, Deus é luz

Deus nos fala que a Ele se chega seguindo Jesus

Quanta paz, quanta luz

Deus nos ouve, nos mostra o caminho que a Ele conduz

Deus é pai, Deus é luz

Deus nos fala que a Ele se chega seguindo Jesus

Quanta paz, quanta luz

Deus nos houve, nos mostra o caminho que a Ele conduz

Deus é pai, Deus é luz

DOUTRINA ESPÍRITA - ESDE I /PROGRAMA I

PÚBLICO-ALVO: Pessoas interessadas num estudo metódico, contínuo e sério do Espiritismo, com programação fundamentada na Codificação Espírita.


INÍCIO DAS AULAS: 07 de agosto (sábado), às 17h.

HORÁRIO E LOCAL DAS AULAS: todos os sábados, das 17h às 18:30h, na FECAJ.

INSCRIÇÃO: Os interessados devem procurar a recepção para a inscrição. É gratuito. Participe!

                                                                        FECAJ

CURSO DE DIRIGENTE DE REUNIÃO

PÚBLICO-ALVO: Trabalhadores do Movimento Espírita e estudantes dos programas do ESDE.


OBJETIVO: Habilitar novos trabalhadores para as atividades de apoio às reuniões doutrinárias.

Ministrado por Mariano (FEPI).

DATA E HORÁRIO: Dia 11 de julho, domingo, das 8:30h às 12h.

LOCAL: Fraternidade Espírita Caminhando com Jesus (FECAJ) – Rua Coelho de Resende, n° 2596, Aeroporto. Ao lado da SOADF.

INSCRIÇÃO: Os interessados devem procurar a recepção da FECAJ. É gratuito. Participe!


Fraternidade Espírita Caminhando com Jesus

quinta-feira

Quando é inverno em nosso coração

   Todos carregamos na alma as marcas do que fomos em outras vidas e nessas marcas podemos encontrar a resposta para o que não conseguimos compreender e, muitas vezes aceitar nesta vida atual.


    Somos todos responsáveis pelos grãos que colhemos no agora, todos, sem exceção, são frutos do que plantamos outrora. Cada gesto, cada palavra que ecoa de nós, retorna para nós. E gestos e palavras mais ponderadas podem desfazer os nós que nos impedem de sermos felizes.

    "Quando é inverno em nosso coração é sinal de que o amor não mais floresce em nós.
 
    Mas é apenas uma passagem... Uma estação necessária na estrada da evolução.
 
    O que virá depois é sempre a primavera e com ela o renascer do que o inverno congelou ou simplesmente o florescer de novas flores, interiores..."
                                                                        Livro de autoria de Américo Simões