quinta-feira

Cura Doenças Fisicas

Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibracionais da mente em desequilíbrio?" (Emmanuel)



No trato com as nossas doenças, além dos cuidados

médicos indispensáveis à nossa cura, não nos esqueçamos

também de que, quase sempre, a origem de toda enfermidade

principia nos recessos do espírito.


A doença, quando se manifesta no corpo físico, já

está em sua fase conclusiva, em seu ciclo derradeiro.


Ela teve início há muito tempo, provavelmente, naqueles períodos

em que nos descontrolamos emocionalmente, contagiados que

fomos por diversos virus potentes e conhecidos como raiva,

medo, tristeza, inveja, mágoa, ódio e culpa.


Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.


Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas.


Renovar-se é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é

escolher novas respostas para velhas questões até hoje não resolvidas.


O momento da doença é o momento do enfrentamento de nós próprios,

é o momento de tirarmos o lixo que jogamos debaixo do tapete,

é o ensejo de encararmos nossas paredes rachadas.


O Evangelho nos propõe tapar as trincas com a argamassa  do amor e do perdão.


Nada de martírios e culpas pelo tempo em que deixamos a casa descuidada.



O momento pede responsabilidade de não mais se viver de forma tão desequilibrada.

Quem ama e perdoa vive em paz, vive sem conflitos, vive sem culpa.



Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa

mente vibra nas melhores frequências do equililíbrio e da felicidade,

fazendo com que a saúde do espírito se derrame por todo o corpo.


Vamos começar agora mesmo o nosso tratamento?

(Vinha de Luz - Francisco Cândido Xavier / Emmanuel)

quarta-feira

CEZAR ROCHA

O ORADOR ESPÍRITA CÉSAR ROCHA (RN) ESTARÁ NO PIAUÍ MINISTRANDO PALESTRAS  DIA 22/07/2012 CENTRO ESPIRITA BEZERRA DE MENEZES - ACARAPE

cura espiritual

Andre Luiz

O HOMEM - André Luiz traça de si mesmo um perfil comum, previsível, sem nuances ou grandezas espirituais. Logo nas primeiras páginas de "Nosso Lar", diz, referindo-se à sua personalidade de então: "Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção do tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência. Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuí um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa bênção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."

O APRENDIZ - É possível acompanhar esta personalidade em André Luiz por quase todo primeiro volume da série "Nosso Lar". No Umbral, irrita-se com a pecha de suicida e tenta reunir forças para esmurrar os agressores, sem sucesso; já em Nosso Lar, ainda frágil, ofende-se com as verdades que o médico espiritual lhe declara, analisando seu desencarne prematuro; recuperado, quer trabalhar, ansiando pelo velho cargo de médico, sem cogitar de suas reais possibilidades no campo da medicina espiritual; junto à mãezinha, queixa-se choroso de suas dores e dificuldades, infantilizando-se; nas Câmeras de Retificação, como homem comum e de passado vicioso, é levado a encarar, face a face, a mulher que infelicitou um dia, na juventude distante; fiel e apegado egoisticamente à esposa deixada na Terra, se abstrai de partilhar momentos de lazer e amizade com o elemento feminino, deixando de acompanhar Lísias e demais amigas ao Campo da Música.

É só a pouco e pouco que André se conscientiza de sua nova posição e responsabilidades. Chora com freqüência, ouvindo verdades que não toleraria na Terra, ali orgulhoso e arrogante; aprende humildade a duros golpes; observa, ouve, pergunta, medita...

Assim o vemos crescendo com as dificuldades e superando desafios, no intuito sincero de se aprimorar. Auxilia Elisa, a jovem infelicitada, serve aos doentes das Câmaras de Retificação com redobrado carinho, sendo-lhes, não o médico, mas o irmão dedicado e vigilante; aceita as recomendações de Genésio e de sua mãe, vigiando pensamentos e sentimentos inferiores, para aprender a calar queixas e mágoas improcedentes; e, finalmente, buscando a integração perfeita com o clima harmonioso e elevado de Nosso Lar, através do trabalho e da renovação íntima, recebe a ansiada autorização para retornar ao lar terrestre, o qual não mais pudera visitar.

O NOVO HOMEM - Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.

Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."

André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"

E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."

À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."

André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."

De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.

Em prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.

Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:

"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."

O MENSAGEIRO - Imensa transformação opera-se no íntimo de André. "Compelido a destruir meus castelos de exclusivismo injusto, senti que outro amor se instalava em minhalma", diz. Volta a freqüentar o ninho doméstico, não mais como senhor, mas como alguém "que ama o trabalho da oficina que a vida lhe designou"; auxilia a Zélia, o quanto está em suas forças, ampara os filhos e evita encarar o segundo marido como o intruso que lhe roubou o amor da companheira do mundo.

Alegre esperança se lhe desenha no espírito, mas sente-se vazio, de alguma forma, entediado. Compreendendo-lhe a transformação, diz-lhe Narcisa: "André, meu amigo, você vem fazendo a renovação mental. Em tais períodos, extremas dificuldades espirituais nos assaltam o coração... Sei que você experimenta intraduzível alegria ao contato da harmonia universal, após o abandono de suas criações caprichosas, mas reconheço que, ao lado das rosas de júbilo, defrontando os novos caminhos que se descerram para sua esperança, há espinhos de tédio nas margens das velhas estradas inferiores que você vai deixando para trás. Seu coração é uma taça iluminada aos raios do alvorecer divino, mas vazia dos sentimentos do mundo que a encheram por séculos consecutivos."

"Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual", comove-se André Luiz. E conhecendo-o bem, seu temperamento agitado, Narcisa sugere, com felicidade: "Creio deve você aproveitar os novos cursos de serviço, instalados no Ministério da Comunicação. Muitos companheiros nossos habilitaram-se a prestar concurso na Terra, nos campos visíveis e invisíveis ao homem, acompanhados, todos eles, por nobres instrutores. Poderia você conhecer experiências novas, aprender muito e cooperar com excelente ação individual. Por que não tenta?"

André sente-se então dominado por esperanças diferentes, relativamente às suas tarefas, conforme afirma. Levado por Tobias até a residência de Aniceto, entidade que se ligaria fundamente à sua vida espiritual, mantêm com ele fraterno diálogo, cientificando-se do trabalho e das novas responsabilidades porvindouras.

André aceita, jubiloso, a nova e fascinante etapa existencial. E diz: "Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.

Trabalharia sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas."

E olvidando o próprio nome, que deixa para trás por amor à Deus e as criaturas, reveste-se transitoriamente de outra personagem, para melhor ensinar e amparar.

Surge André Luiz.


SUA OBRA: NOSSO LAR, OS MENSAGEIROS, MISSIONÁRIOS DA LUZ, OBREIROS DA VIDA ETERNA, NO MUNDO MAIOR, AÇÃO E REAÇÃO, LIBERTAÇÃO, ENTRE A TERRA E O CÉU, NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, CONDUTA ESPÍRITA, SEXO E DESTINO, DESOBSESSÃO, E A VIDA CONTINUA, AGENDA CRISTÃ, SOL NAS ALMAS, SINAL VERDE, ENDEREÇOS DE PAZ, OPINIÃO ESPÍRITA, ESTUDE E VIVA (estes dois últimos com Emmanuel).

Muitos outros livros ainda compõem este acervo, além de centenas de mensagens distribuídas nos inúmeros livros de Chico Xavier.

Bezerra de Menezes

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes



Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e desencarnado no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1900.

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, no ano de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde em dez meses apenas, preparou- se suficientemente até onde dava o saber do mestre que lhe dirigia a primeira fase de educação. Bem cedo revelou sua fulgurante inteligência, pois, aos onze anos de idade, iniciava o curso de Humanidades e, aos treze anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros, aulas dessa matéria, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.

Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna. Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.

O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.

Animado do firme propósito de orientar- se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.

Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento". O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1.o. de junho. Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião- Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.

Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de ser médico militar. Objetivando servir o seu Partido, que necessitava dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes afastar- se do Exército. Em 1867 foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado em lista tríplice para uma cadeira no Senado.

Quando político, levantou- se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía.

Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.

Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá- la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão.

Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.

O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro, para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr. Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao Espiritismo.

Bezerra era um religioso no mais elevado sentido. Sua pena, por isso, desde o primeiro artigo assinado, em janeiro de 1887, foi posta a serviço do aspecto religioso do Espiritismo. Demonstrada a sua capacidade literária no terreno filosófico e religioso, quer pelas réplicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de Propaganda da União Espírita do Brasil, incumbiu- o de escrever, aos domingos, no "O País" tradicional órgão da imprensa brasileira, a série de "Estudos Filosóficos", sob o título "O Espiritismo". O Senador Quintino Bocaiúva, diretor daquele jornal de grande penetração e circulação, "o mais lido do Brasil", tornou-se mesmo simpatizante da Doutrina Espírita.

Os artigos de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita no Brasil. De novembro de 1886 a dezembro de 1893, escreveu ininterruptamente, ardentemente.
Da bibliografia de Bezerra de Menezes, antes e após a sua conversão do Espiritismo, constam os seguintes trabalhos: "A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui- la sem dano para a Nação", "Breves considerações sobre as secas do Norte", "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro -- o Leproso", "História de um Sonho", "Evangelho do Futuro". Escreveu ainda várias biografias de homens célebres, como o Visconde do Uruguai, o Visconde de Carvalas, etc. Foi um dos redatores de "A Reforma", órgão liberal da Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade".

Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro -- esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida."

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Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que, por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível.

Os Centros, onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de forma autônoma. Cada um deles exercia a sua atividade em um determinado setor, sem conhecimento das atividades dos demais. Esse sentimento levou- os à fundação da Federação Espírita Brasileira.

Nessa época já existiam muitas sociedades espíritas, porém, as únicas que mantinham a hegemonia de mando eram quatro: a "Acadêmica", a "Fraternidade", a "União Espírita do Brasil" e a "Federação Espírita Brasileira", entretanto, logo surgiram entre elas vivas discórdias.

Sob os auspícios de Bezerra de Menezes, e acatando prescrições das importantes "Instruções" recebidas do plano espiritual pelo médium Frederico Júnior, foi fundado o famoso "Centro Espírita", o que, entretanto, não impediu que Bezerra desse a sua colaboração a todas as outras instituições. O entusiasmo dos espíritas logo se arrefeceu, e o velho seareiro se viu desamparado dos seus companheiros, chegando a ser o único freqüentador do Centro. A cisão era profunda entre os chamados "místicos" e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam simplesmente pelo lado científico e filosófico.

Em 1893, a convulsão provocada no Brasil pela Revolta da Armada, ocasionou o fechamento de todas as sociedades espíritas ou não. No Natal do mesmo ano Bezerra encerrou a série de "Estudos Filosóficos" que vinha publicando no "O País".

Em 1894, o ambiente mostrou tendências para melhora e o nome de Bezerra de Menezes foi lembrado como o único capaz de unificar o movimento espírita. O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira, cargo que ocupou até a sua desencarnação.

Iniciava- se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão cerebral, que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria.

Verdadeira romaria de visitantes acorria à sua casa. Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que nada possuía.

Ninguém desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo. Todos conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse, de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas, delicadamente, debaixo do seu travesseiro. No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeu- se por ver ali desde o tostão do pobre até a nota de duzentos mil reis do abastado!...
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Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar- lhe a última visita.

No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram- se alguns amigos de Bezerra, a fim de chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de "Kardec Brasileiro".

Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá- lo.

Desesperado -- uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida -- e como não fosse incrédulo, ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.

Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática.

Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.

O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.

No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira.

Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:

-- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.

-- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.

-- De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades, tornando- me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.

-- E por que não te tornas médico homeopata? disse Bittencourt.
-- Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.
Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu um aparte:
-- Tanto melhor. Ajudar- te- emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.
-- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?
-- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática...

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terça-feira

Música Espírita

Música Espírita

Depende de Você                            Eduardo Barreto




Amigo, brilha o sol além de sua janela perceba ao seu redor o quanto a vida é bela

Acenda em você o brilho que dormita liberte as asas e voe ao encontro do mais puro amor



Abrace o infinito



Desperte para a luz, deixe o amor brotar, frutificar de vez que a vida é muito mais Bis

Depende de você querer acreditar que pode ser feliz e, enfim, se libertar

quarta-feira

Eduque sem bater

Futuro doce

"A criança, hoje, - abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida - necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro."


Bezerra de Menezes Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desvirá dele. Pv 22:6. Muito é falado sobre educação e evangelização da criança nos tempos atuais, mas será que não vivemos e alimentamos velhos hábitos em nossas próprias casas, muitas vezes passados de pais para filhos?


Kardec escreveu que as crianças são espíritos que se apresentam no mundo com as vestes da inocência. Somos jardineiros de Deus, com solo limpo nas mãos e temos todo o adubo necessário... que grande responsabilidade temos em fazer brotar o amor e afastar as ervas daninhas!

Olhando para um bebê, entendemos que é uma fonte em expansão, que abastecida de amor irá emanar durante toda sua vida tudo que lhe é dado e ensinado, principalmente na infância. Todo carinho que lhe é dado, um sorriso, um gesto de amor, o aconchego no seio da mãe, tudo ficará gravado em sua consciência, da mesma forma que gestos de irritação, violência, impaciência, serão também registradas para o resto da vida, marcando-o profundamente.

Ao contrário do que muitos pais acreditam, bater não é uma manifestação de autoridade, mas de fraqueza. Sempre mostra o descontrole dos pais, diante de uma situação com a qual não estão sabendo lidar muito bem.

O melhor ensino é o exemplo, exercendo muito mais influência na criança que as palavras soltas. O famoso "faça o que eu falo, mas não faça o que faço" já não nos cabe mais, visto que sabemos claramente hoje que as crianças aprendem tudo pela observação, pela repetição de nossos atos. A criança mantém a porta do seu psiquismo aberta, haurindo avidamente as influências do ambiente; até quando iremos deixar que as nossas crianças, belas flores buscando o adubo para seu crescimento, suguem os valores equivocados da TV? As deixaremos ao léu, sendo levadas pelo consumismo e pela necessidade exagerada de cuidar apenas da aparência e das coisas materiais?


André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier nos ensina em “Conduta Espírita” que devemos “ver no coração infantil o esboço da geração próxima, procurando ampará-lo em todas as direções. Orientação da infância, profilaxia do futuro.” Temos em nossas mãos o poder para isto, mas não para dar tapas, e sim amparo. Um simples gesto de paciência, um pouco de atenção, é na maioria das vezes o que a criança agitada solicita, mas por falta de compreensão ou amor, é lhes dado erroneamente uma palmada.

Evangelizar com amor sincero, é criar caminho forte e protegido sobre as rochas, não deixando que os futuros adultos fiquem presos na areia movediça da ilusão. Já dizia a espiritualista inglesa, Annie Besant, que cada criança e cada adolescente representam planos de Deus encarnados na Terra e endereçados ao futuro.

Deixemos vir a nós os pequeninos, para que eles nos ensinem o verdadeiro amor descompromissado, abnegado e sincero que Jesus nos ensinou e que conseguimos ver e sentir simplesmente olhando para uma criança. Que a paciência seja nosso objetivo, diante da incrível energia que a criança jorra para que possamos conversar de igual para igual, com o mais puro e inocente amor. O amor é paciente; é benigno, sempre.

Seja o exemplo para uma criança hoje, para que ela seja o futuro doce de renovada esperança!

http://vouflorear.blogspot.com.br/

terça-feira

Atlantida

Atlântida 
http://espiritismolevadoaserio.blogspot.com.br/2008/02/atlntida-o-continente-perdido.html

Talvez seja esse o maior mistério do mundo. Será que ela realmente existiu um dia? E se existiu o que de terá de fato acontecido? 


Existem outras civilizações e outros continentes perdidas, mas sem dúvida, é a Atlântida que chama mais a atenção.
Platão, o filósofo grego, descreveu em seu livro, "A Atlântida", diversas teorias que tratam da existência e desaparecimento do continente. Segundo os especialistas, a Atlântida teria desaparecido há mais ou menos 10.000 ou 12.000 anos atrás, e que as causas podem ter sido várias. A mais conhecida é a do continente ter sido submerso devido ao fim da última glaciação pelo qual o planeta passou. Há cerca de 80.000 anos atrás começou esse período, e acabou justamente entre 10.000 e 12.000 anos atrás. A consequência do fim do período glacial é o derretimento de grande parte do gelo acumulado e o consequente aumento do nível dos Oceanos. Daí a submersão do continente.
Outra questão que intriga e provoca discussões entre os especialistas, é sobre a localização do continente. A maioria acredita que a Atlântida teria se localizado onde hoje é o Oceano Atlântico (por isso o continente se chama Atlântida), entre os EUA e a Europa. Os estudiosos usam como argumento, o fato do litoral do brasileiro se "encaixar" quase com perfeição no litoral africano, e do litoral leste dos EUA não combinar com o litoral europeu.
Existem vários historiadores ou arqueólogos que viajam pelo mundo em busca de alguma prova ou até mesmo atrás da própria Atlântida. Alguns afirmam que o continente estaria localizado em alguma parte da América do Sul, já que segundo Platão "a Atlântida está a oeste do Atlântico". Alguns dizem também que a Atlântida poderia ser uma cidade, não um continente. Isso porque segundo geólogos seria impossível um continente inteiro afundar. Outros afirmam também que a história da Atlântida não seria nada mais do que um produto da imaginação fértil de Platão, que ele teria escrito a história da Atlântida para criticar a sociedade da época, já que a Grécia antiga era uma nação muito desenvolvida, e como toda nação desenvolvida, teria também suas corrupções.
Mas existem cidades que foram descobertas ao longo dos séculos que podem ser provas da existência da Atlântida. Um exemplo disso seria as ruinas de uma cidade de um antigo império existente no Peru, Tihuanaco. Esse antigo império era muito próspero, com uma sociedade muito desenvolvida. Encontra-se perto a alguns quilômetros das ruinas da cidade um grande canal que seria usado para navegação, para que navios pudessem ir a vários pontos do Império de Tihuanaco. Segundo especialistas esse canal é semelhante ao descrito por Platão em seu livro sobre a Atlântida.


A Civilização Atlante


Dizem que a civilização atlante tinha uma sabedoria muito avançada, tanto que todos se entendiam pela mente.. Com essa grande sabedoria realizaram grandes avanços em diversas áreas do conhecimento. Realizaram viagens espaciais, com intercâmbio com outros planetas do sistema solar.
A sociedade atlante era dividida em duas classes sociais: a dos homens de face resplandecente, ou de face amarela, que eram os mais espiritualizados; os de face tenebrosa, ou da face vermelha, que eram os poucos espiritualizados. Segundo antigos escritos, os de face tenebrosa teriam tomado o poder, obrigando os de face resplandecente a se refugiarem no interior das montanhas. Isso provocou uma grande divisão da nação atlante. Além dos conhecimentos na área científica, os atlantes também tinham grande conhecimento das forças da natureza. Mas, porém, com tanto conhecimento não conseguiram impedir que essas forças naturais destruíssem com tudo, e não deixando nenhum vestígio de sua existência.
Existem vários historiadores ou arqueólogos que viajam pelo mundo em busca de alguma prova ou até mesmo atrás da própria Atlântida. Alguns afirmam que o continente estaria localizado em alguma parte da América do Sul, já que segundo Platão "a Atlântida está a oeste do Atlântico". Alguns dizem também que a Atlântida poderia ser uma cidade, não um continente. Isso porque segundo geólogos seria impossível um continente inteiro afundar. Outros afirmam também que a história da Atlântida não seria nada mais do que um produto da imaginação fértil de Platão, que ele teria escrito a história da Atlântida para criticar a sociedade da época, já que a Grécia antiga era uma nação muito desenvolvida, e como toda nação desenvolvida, teria também suas corrupções.
Mas existem cidades que foram descobertas ao longo dos séculos que podem ser provas da existência da Atlântida. Um exemplo disso seria as ruinas de uma cidade de um antigo império existente no Peru, Tihuanaco. Esse antigo império era muito próspero, com uma sociedade muito desenvolvida. Encontra-se perto a alguns quilômetros das ruinas da cidade um grande canal que seria usado para navegação, para que navios pudessem ir a vários pontos do Império de Tihuanaco. Segundo especialistas esse canal é semelhante ao descrito por Platão em seu livro sobre a Atlântida.


As primeiras narrativas

De todas as lendas sobre povos e civilizações perdidas , a história de Atlântida parece ser aquela que mais interesse tem despertado. A primeira referência escrita deste mito encontra-se nos relatos de Platão . Nos diálogos Timeu e Crítias é narrada a fascinante história da civilização localizada "para além das colunas de Hércules" . É descrita a existência desta ilha continental , bem como os detalhes históricos de seu povo , com sua organização social, política e religiosa , além de sua geografia e também da sua fatídica destruição "no espaço de uma noite e um dia ". Eis parte do diálogo : "...Ouvi, disse Crítias, essa história pelo meu avô, que a ouvira de Sólon, o filósofo. No delta do Nilo eleva-se a cidade de Sais, outrora capital do faraó Amásis e que foi fundada pela deusa Neit, que os gregos chamam Atena. Os habitantes de Sais são amigos dos atenienses , com os quais julgam ter uma origem comum. Eis por que Sólon foi acolhido com grandes homenagens pela população de Sais. Os sacerdotes mais sábios da deusa Neit apressaram-se a iniciá-lo nas antigas tradições da história da humanidade .
Na tradição oral de muitos povos antigos , nos relatos de textos bíblicos, em documentos toltecas e nos anais da doutrina secreta , existem coincidências que nos fazem crer que outrora existiu um continente no meio do Oceano Atlântico , que um dia foi tragado pelas águas revoltas.


Atlântida ( O país, o povo suas Riquezas)

Geograficamente, Platão descreve a Atlântida desta forma : "toda a região era muito alta e caía a pique sobre o mar , mas que o terreno à volta da cidade era plano e cercado de montanhas que desciam até a praia , de superfície regular, era mais comprida do que larga, com três mil estádios na sua maior extensão, e dois mil no centro, para quem subisse do lado do mar. Toda essa faixa da ilha olhava para o sul, ao abrigo do vento norte. As montanhas das imediações eram famosas pelo número , altura e beleza, muito acima das do nosso tempo...".
segundo todos relatos , os atlantes desenvolveram-se de tal forma , que o grau de riqueza alcançado por sua civilização não encontra paralelo conhecido, sendo pouco provável que outros povos viessem a obter tamanha prosperidade e bonança.
A Atlântida possuia 10 reis . Estes soberanos por sua vez , possuiam dentro de seus domínios "um poder discricionário sobre os homens e a maior parte das leis , sendo-lhes facultado castigar quem quisessem, ou mesmo condená-los à morte".
O país dos atlantes era dividido em 60.000 lotes e cada um deles tinha um chefe militar .
O aspecto que mais fascina no relato platônico é sem dúvida o que se refere às riquesas da ilha-continente , tanto no que tange às construções , como aos imensos recursos naturais da legendária ilha .
Segundo Platão, a Atlântida possuía a capacidade de prover seus habitantes com todas as condições de sustento, apesar de receber de fora muito do necessário, provavelmente, através do comércio. Havia na ilha grande abundância de madeira que com certeza foram utilizadas nas imensas obras lá construídas, bem como imensas pastagens , tanto para animais domésticos , como para selvagens , incluindo aí a raça dos elefantes, que teriam se multiplicado pela ilha . Por sua vez, toda sorte de frutos, legumes, flores e raízes existiam alí, sendo que o fabrico de essências e perfumes era corriqueiro. A extração de minérios , em particular o ouro, ocorria fartamente em Atlântida.
Diz Platão que de início os atlantes "construíram pontes nos cinturões de mar que envolviam a antiga metrópole, a fim de conseguir passagem para fora e para o palácio real", bem como abriram um canal de três plectros de largura e cem pés de profundidade, ligando o mar ao primeiro cinturão de água, canal este que servia de entrada para embarcações vindas de outras partes. No segundo cinturão, os barcos podiam ancorar com maior segurança , e fazia deste uma espécie de porto.
As águas jorravam no centro da ilha, desde que Poseidon assim quis, também tiveram tratamento dos mais apurados : em suas imediações foram plantadas "árvores benéficas para as águas ", bem como foram construídas "cisternas para banhos quentes no inverno". Havia, contudo, locais próprios para os banhos dos reis, bem como modalidades específicas para as mulheres. Segundo o relato, "parte da água corrente eles canalizaram para o bosque de Poseidon a outra parte era canalizada para os cinturões externos por meio de aquedutos que passavam sobre as pontes ".
Nos cinturões externos de terra, foram construídos ginásios para práticas esportivas e hipódromos , bem como moradia para soldados, hangares para barcos e armazéns para todas as modalidades conhecidas de artigos naúticos. O canal principal que servia de entrada para embarcações era muito movimentado, tanto de dia como de noite, o que demonstra ter sido Atlântida um grande centro comercial de seu tempo.
O palácio real era segundo os relatos "uma verdadeira obra prima de encantar a vista , por suas dimensões e beleza. "
O templo dedicado a Poseidon era cercado por um muro de ouro, que segundo o relato , ele "tinha um estádio de comprimento e três plectros de largura para fora, todo o templo era forrado de prata, com exceção dos acrotérios, que eram de ouro. No interior , a abóboda era de marfim, com ornamentos de ouro, prata e oricalco. "
Havia também no templo estátuas dedicadas a diversas divindades, bem como outras que homenageavam os reis e suas esposas, além de um altar cuja beleza e magnificência não encontrava paralelo conhecido. Essa é resumidamente a Atlântida de Platão, com seus detalhes e maravilhas.


As eras glaciais e a Atlântida

Denomina-se eras glaciais os períodos em que grandes regiões do planeta estiveram sob um processo contínuo de glaciações , fenômeno este resultante de causas múltiplas e complexas : movimentos orbitais da terra, continentalidade dos polos, elevação de terras, circulações oceânicas, mudanças na composição da atmosfera e outras.
Ocorreram na história do planeta diversas fases deste fenômeno, desde o período pré-cambiano até bem recentemente. No entanto, dado as dificuldades a pesquisa científica só conseguiu definir de forma minuciosa a última grande glaciação, que ocorreu durante o pleistoceno.
Uma glaciação inicia-se quando após um rigoroso inverno, a neve acumulada não se derrete totalmente com a chegada do verão , sobrevivendo até o outro inverno na forma de gelo. Este fato, resfria a região e num acúmulo sucessivo de milhares de anos forma-se uma calota de gelo, cada vez mais resistente criando impactos de resfriamento cada vez maiores.
Há cerca de 80.000 anos atrás , iniciou-se o último grande avanço das geleiras nas regiões norte do planeta, tanto na Europa como na América do Norte, sendo que o fim desta última glaciação deve ter ocorrido entre 20.000 a 10.000 anos atrás .O fim da Glaciação implica na subida do nível dos Oceanos . Esta última é a data factídida da Submersão da Atlântida.
Levantamentos geológicos dão indícios de que durante a última glaciação , a expansão das geleiras atingiram latitudes aproximadamente iguais tanto na América do Norte como na Europa. Dessa forma é possível supor que os efeitos da corrente do golfo não atuavam de modo satisfatório junto ao noroeste europeu naqueles tempos . Esta constatação nos leva a uma interessante hipótese : a não existência da corrente do golfo naqueles tempos , ou a impossibilidade desta corrente alcançar a Europa , na medida em que seu curso fosse alterado por algum bloqueio em pleno oceano Atlântico . O tamanho do bloqueio só poderia ser uma grande massa continental , que bem poderia ter sido a Atlântida

CASAL DE CATADORES QUE ACHOU O DINHEIRO ROUBADO

Antonio Carlos Piesigilli publicou no grupo GRUPO SOCORRISTA OBREIROS DO SENHOR
10 de Julho de 2012 08:53

CASAL MORADORES DE RUA QUE DEVOLVERAM R$ 20 MIL RECEBEM PROPOSTA DE EMPREGO!

DONOS DE RESTAURANTE ALVO DE LADRÕES OFERECERAM TRABALHO PARA O CASAL DE CATADORES QUE ACHOU O DINHEIRO ROUBADO!
Os proprietários do restaurante japonês que foi furtado na madrugada desta segunda-feira (9) ofereceram emprego para o casal de moradores de rua que encontrou, e devolveu, os R$ 20 mil levados pelos ladrões. O crime aconteceu no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.
O casal estava sob um viaduto da Radial Leste quando ouviu o alarme de uma empresa de ferragens disparar. Em seguida, os dois foram verificar do que se tratava e encontraram um malote e um saco plástico de lixo repletos de dinheiro. Eram cerca de R$ 17 mil em notas e R$ 3 mil em moedas. De posse do dinheiro, os moradores de rua procuraram um segurança da empresa e pediram para ele chamar a Polícia Militar.
Um dos sócios do restaurante invadido, Miguel Kikuchi, de 42 anos, disse não ter acreditado quando a polícia ligou e o informou que o dinheiro havia sido encontrado e devolvido. “Pensei que era trote”, afirmou. “É inimaginável que alguém faria uma coisa dessas. Difícil de acreditar.”
Comovidos, os proprietários fizeram duas propostas: bancar a viagem dos dois para o Maranhão ou para o Paraná, onde cada um tem família, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal, que trabalha catando material reciclável nas ruas da capital e vive há mais de um ano na rua, decidiu na hora pela proposta de emprego. “Vou ganhar treinamento para me capacitar e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus Silva Santos, de 36 anos. “Da limpeza até a cozinha, posso trabalhar onde quiserem.” O homem contou que era auxiliar de limpeza antes de ir morar na rua. “Eu perdi o emprego e tive que vender minha casa, na Divineia, região de São Mateus [Zona Leste].”
Depois de devolver o dinheiro, Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, também com 36 anos, foram levados até o restaurante japonês e fizeram uma refeição bem brasileira: bife, arroz, feijão e batata frita. “Uma vez na vida eu me lembrei que sou gente. Há tanto tempo eu não me sento para ter uma refeição tão boa.”
Rejaniel contou que ganha, em média, R$ 100 por mês. Com esse “salário”, para juntar os R$ 20 mil teria que trabalhar mais de 16 anos e meio, sem gastar nada. “Melhor ter o seu dinheiro suado do que usar um dinheiro roubado”, afirmou.
Apesar de estar feliz com a proposta de emprego, Sandra disse que se sente apreensiva. “Me ameaçaram depois que devolvi o dinheiro.” Por questão de segurança, o casal não voltará para o viaduto que usava como lar nos próximos dias. “Não quero voltar nunca mais para lá”, completou a mulher.

sexta-feira

Musica Espírita

Música Espírita


(...)

A influência da música sobre a alma, sobre o seu progresso moral, é rec onhec ida por todo o mundo; mas a razão dessa influência é geralmente ignorada. Sua razão está inteiramente neste fato: que a harmonia coloca a alma sob a força de um sentimento que a desmaterializa. Este sentimento existe em um certo grau, mas se desenvolve sob a ação de um sentimento similar mais elevado. Aquele que está privado desse sentimento, a ele é levado gradativamente: acaba, ele também, por se deixar penetrar e se deixar arrastar no mundo ideal onde esquece, por um instante, os grosseiros prazeres que prefere à divina harmonia.

E agora, se se considera que a harmonia sai do concerto do Espírito, disso se deduzirá que se a música exerce uma feliz influência sobre a alma, a alma, que a concebe, exerce também uma influência sobre a música. A alma virtuosa, que tem a paixão do bem, do belo, do grande, e que adquiriu a harmonia, produzirá obras- primas capazes de penetrar as almas mais blindadas e comovê- las. Se o compositor é terra-a-terra, como representará a virtude que ele desdenha, o belo que ignora e o grande que não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gostos sensuais, de sua leviandade, de sua indiferença. Elas serão ora licenciosas e ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirão e pervertê- los- ão ao invés de melhorá- los.

O Espiritismo, moralizando os homens, exercerá, pois, uma grande influência sobre a música. Produzirá mais compositores virtuosos, que comunicarão as suas virtudes fazendo ouvir as suas composições.

Rir- se- á menos, chorar- se- á mais; a hilaridade dará lugar à emoção, a fealdade dará lugar à beleza e o cômico à grandiosidade.

Por outro lado, os ouvintes que o Espiritismo terá disposto para receberem facilmente a harmonia, apreciarão, na audição da música séria, um encanto verdadeiro; desdenharão a música frívola e licenciosa que se apodera das massas. Quando o grotesco e o obsceno forem abandonados pelo belo e pelo bem, os compositores dessa ordem desaparecerão; porque, sem ouvintes, nada ganharão, e é para ganhar que eles se sujam.

Oh! sim, o Espiritismo terá influência sobre a música! Como isso seria de outro modo? Seu advento mudará a arte, depurando- a. Sua fonte é divina, sua força a conduzirá por toda a parte onde haja homens para amar, para se elevar e para c ompreender. T ornar- se- á o ideal e o objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas, pedir-lhe-ão as suas inspirações, e ele as fornecerá, porque é rico, é inesgotável.

O Espírito do maestro Rossini, numa nova existência, retornará para continuar a arte que considera como a primeira de todas; o Espiritismo será o seu símbolo e o inspirador de suas composições.



ROSSINI. (Médium, Sr. Nivart - livro Obras Póstumas - Allan Kardec )