Eis uma questão muito oportuna. Ser responsável por algum setor do centro? Ser um dirigente de departamento? Ser um diretor? Uma dessas opções poderá vir a ser a resposta à pergunta feita, entretanto acreditamos que deve existir uma fase de preparação, mais ou menos longa dependendo de cada pessoa.
Nessa fase de preparação, a colaboração deve surgir espontaneamente, do coração daquele que entendeu que servir a Jesus é dedicar-se ao próximo, exercendo a paciência, o perdão das ofensas, a indulgência para com as faltas alheias, em suma, procurando por em prática, muitas vezes com enorme dificuldade ( pois ainda somos espíritos bastante imperfeitos ) as normas de conduta contidas no Evangelho de Jesus.
As colocações acima parecem ser muito teóricas? Como entendê-las?
Vamos começar pela chegada de uma pessoa ao centro, que, se não tiver uma estrutura de recepção, não só a área física, mas uma equipe preparada para recepcionar essa pessoa, certamente vai dificultar e muito a sua ambientação, ou então, em caso extremo, causar o seu imediato afastamento.
É, portanto, óbvia a importância da maneira como alguém é recebido em um centro (ou em qualquer outro lugar podemos afirmar), porém caberá ao que está chegando procurar conhecer o novo ambiente, suas normas, suas regras e ter uma certa dose de paciência, visto que no ambiente que está adentrando existe uma dinâmica, com atividades definidas, tarefas em andamento, etc.
Vencido o primeiro obstáculo, geralmente entra-se no que poderíamos chamar de "período de banco", quando por um certo tempo a pessoa recém chegada limita-se a assistir as palestras, eventualmente tomar o passe e ir embora. É nosso dever acrescentar que existem exceções, pois para algumas pessoas o "período de banco" é proporcional à sua facilidade de ambientação ao centro.
Também é nosso dever acrescentar que muitas pessoas acomodam-se e prolongam indefinidamente o "período de banco", muitas vezes por desconhecer que o centro espírita é, não só uma casa de orações, mas abençoada oficina de trabalho, onde tanto jovens quanto idosos tem a oportunidade ímpar de estudar o Espiritismo à Luz do Evangelho de Jesus, para então iniciar sua reforma íntima para poder vivenciar o que foi estudado.
Transcrevemos trecho de Carlos Jordão da Silva, na apresentação do livro "O Centro Espírita" ( Wilson Garcia, editado pela U.S.E.,segunda edição, setembro de 1990 ) : "Um Centro Espírita deverá ser, como bem o define nosso preclaro Emmanuel, através da abençoada mediunidade do nosso Chico Xavier em "A Palavra Final" livro: "...Uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna".
Deve assim soar em cada um, mais cedo ou mais tarde, as questões: O que posso fazer para colaborar? Onde precisam de mim? Devo esperar que me procurem ou devo procurar o que fazer? Tais questões servirão como reflexão para aquele que está começando a conhecer o Espiritismo e como este aponta a caridade como único caminho para a salvação como bem asseverou Kardec.
Colaborar, em nosso entender é desprender-se de muitas coisas materiais, é dedicar parte do tempo ao trabalho na Seara de Jesus, é participar ativamente junto com outros companheiros, somando assim esforços para o bem comum.
Finalizando, ressaltaremos que o estudo contínuo do Espiritismo em seu tríplice aspecto, religioso - científico - filosófico, é fundamental para qualquer pessoa que queira ser um colaborador em um centro espírita. Acreditamos então, leitor amigo, que após essas humildes colocações você mesmo poderá responder à pergunta título deste artigo. "E quanto fizerdes, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus, o Pai." - Paulo. ( Colossenses, 3 : 17. )
Texto extraido do site: http://www.panoramaespirita.com.br/
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